Nunca vi a chuva

Título: Nunca vi a chuva
Autor: Stefano Volp
Editora: Galera
Páginas: 224
Ano de lançamento: 2023

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Sinopse do livro Nunca vi a chuva

Se todos acham que você tem a vida perfeita, como seria justamente você a discordar? De Stefano Volp, uma das vozes mais potentes e brilhantes da nova geração de autores nacionais, Nunca vi a chuva convida o leitor a entrar no diário e na mente de Lucas, um jovem em busca do próprio caminho em um mundo ao qual parece não pertencer, não importa o quanto tente.

Em teoria, Lucas parece ter a vida perfeita. Adotado por uma família rica, ele mora em Portugal, tem amigos e uma namorada que ama. Mas se não há nada do que reclamar, então de onde vem esse vazio que não consegue evitar sentir? Quando as brigas com os pais e uma desilusão amorosa o levam a um limite do qual já se aproximava a passos largos, o jovem decide que não há mais motivo para viver.

Prestes a tomar uma decisão da qual não há retorno, uma mensagem em seu celular o faz repensar tudo: um vídeo de alguém idêntico a ele, exceto pelo fato de ter uma deficiência visual. Incrédulo com essa reviravolta, Lucas resolve abandonar a vida em Portugal e partir rumo ao interior do Rio de Janeiro atrás de respostas sobre quem é o seu gêmeo e o que isso pode revelar sobre seu passado.

Escrito em forma de diário a partir do olhar e da narrativa inconfundíveis de Stefano Volp, um dos grandes novos nomes da literatura brasileira, Nunca vi a chuva é um relato intimista e profundo de um jovem descobrindo seu caminho e seu lugar no mundo.

Sobre o autor

Stefano Volp nasceu em 1990, no Espírito Santo, e radicou-se no Rio de Janeiro. Escritor, roteirista e tradutor, é autor de Homens pretos (não) choram, O beijo do Rio e O segredo das larvas. Volp vive com o companheiro, é viciado em bolo de festa e escreve roteiros para o audiovisual. –Este texto se refere à uma edição esgotada ou disponível no momento.

Nunca vi a chuva
Stefano Volp

Frases do livro Nunca vi a chuva

Enquanto escrevo em você, me pego olhando para o meu pulso direito. As cicatrizes ainda estão aqui. Todas elas. Algumas mais profundas do que as outras. Riscam minha pele negra e não me deixam esquecer das vezes em que eu desejei sangrar até a morte.

Eu tenho grande dificuldade de me abrir com as pessoas. E comigo mesmo.

Sempre tenho pessoas por perto. Elas não sabem muita coisa sobre mim. Poucas sabem.

Isso vai ser difícil de explicar, mas a verdade é que não era bem como se eu quisesse tirar a minha vida, eu só queria fazer a angústia parar.

Nunca senti minha alma tão vazia. Tão inútil. Sem pertencer a ninguém.

Às vezes, dentro de mim, acho que eu sou mais sensível do que pareço. Até tenho vontade de chorar, mas as lágrimas não vêm. É como se eu não soubesse mais produzi-las.

Você decide viver sua vida baseado no seu gosto pessoal ou naquilo que as pessoas esperam de você?

Existe a gente. E o mundo. E como vamos nos adaptar à nossa realidade. No final das contas, é só isso.

Perdoar é se lembrar muito bem daquilo que provocou suas cicatrizes, mas é também ter o coração livre ao saber que nada daquilo tem efeito algum sobre você.

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