O dilema do porco-espinho: Como encarar a solidão

Título: O dilema do porco-espinho: Como encarar a solidão
Autor: Leandro Karnal
Editora: Planeta
Páginas: 192
Ano de lançamento: 2018

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Sinopse do livro O dilema do porco-espinho

O historiador Leandro Karnal, um dos intelectuais brasileiros que, através de seus livros, palestras e vídeos, nos ajuda a pensar o mundo contemporâneo, discute uma questão presente na vida de todos: a solidão. A partir de referências de filósofos e da própria Bíblia, de fatos históricos e de romances, ele faz uma reflexão sobre a natureza de viver só – por pouco ou muito tempo, estando ou não acompanhado. Apresenta como a solidão é encarada no cinema, na literatura, na música, nas artes.

Mostra que ela pode ser iluminadora e como Deus se revela aos solitários. O mesmo Deus que, segundo Gêneses, teria dito: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e corresponda.” E expõe como se desenvolveu a tradição judaico-cristã da solidão. Em O dilema do porco-espinho, Karnal viaja pela modernidade líquida e analisa a solidão no mundo virtual e o isolamento. Discute dos amigos imaginários criados pelas crianças aos pensamentos de alguns filósofos, como Aristóteles, que dizia que a solidão criava deuses e bestas. Como a solidão é um tema que sempre o acompanhou e, segundo revela o próprio Karnal, tem crescido na maturidade, o autor escreve este livro como um ensaio pessoal. Ao dividir suas meditações, o autor convida o leitor, durante o ato da leitura, a deixar a solidão de lado e compartilhar seus pensamentos também.

Sobre o autor

Leandro Karnal é doutor em História Cultural pela Universidade de São Paulo e professor na Unicamp. Alguns de seus livros estão entre os mais vendidos como Crer ou não crer, O inferno somos nós, Todos contra todos, Diálogo de culturas e O mundo como eu vejo.

O dilema do porco-espinho

Frases do livro O dilema do porco-espinho

O poeta Rainer Maria Rilke definiu que o amor era apenas duas solidões protegendo-se uma à outra. Quase podemos ver a ligeira ironia contida na afirmação: amor é solidão compartilhada.

De todos os antídotos contra a solidão, a leitura é um dos mais criativos.

Quero estar sozinho e quero companhia e gostaria de controlar esses dois momentos de acordo com minha vontade. Não é possível. A busca do equilíbrio tem sido um desafio constante para estimular casamentos e divórcios. Síndrome de lobo errante: a alcateia fornece proteção e companhia, porém impõe o ritmo da marcha. Como uivar feliz e solitário para a Lua e receber o calor de um grupo ou de uma companhia?

De muitas formas, o mundo digital tem sido a resposta encontrada para equilibrar as pessoas entre a dor da solidão e a dor do contato com outras pessoas.

O novo imperativo não é case, tenha filhos e siga uma carreira estável. O imperativo absoluto é “seja feliz” e, se não for, ao menos pareça nas fotos de redes sociais.

A definição mais clássica de um chato é a que diz que se trata de um sujeito que lhe retira da solidão sem oferecer companhia.

Conviver com a diferença e administrar o atrito inevitável é um ato de maturidade. Ser contrariado, questionado, posto em suspeição, rejeitado, desde que não sejam as únicas experiências que conheça, criam resiliência, moldam personalidade, caráter. O filtro bolha impede tudo isso.

A solidão pode ser um exercício contemplativo muito bom e um ponto de crescimento. O convívio também pode ser rico pela diferença e pelo atrito em si. As redes sociais não oferecem o isolamento necessário para o crescimento nem a intimidade densa e até conflituosa da relação humana. Não ganho a paz nem enfrento a diferença.

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