O fim interminável

No livro “O fim interminável”, da escritora e publicitária Letícia Costa, as poesias contam uma história, com diversos significados. São tantos detalhes escondidos que já não se pode chamar de livro, mas de um segredo literário. Recheado de dramas que narram a trajetória de um amor e uma dor intermináveis.

Sobre a autora

Letícia Costa é poeta, amante dos detalhes, cantora de chuveiro, leonina com vênus em câncer, uma hipérbole ambulante. Mineira que vive em São Paulo, indecisa sobre o uso do ué e do uai. Graduada em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) com MBA em Marketing. Escreve poesia desde que se entende por gente, pois acredita que em cada poesia há uma história com diversos significados.

Em seu primeiro livro: “O fim interminável”, a sensibilidade é transformada em poesias que ganham cores com a produção de fotos artísticas em um cenário surpreendente. Recheado de dramas que narram a trajetória de um amor e uma dor intermináveis, o livro promete ser um segredo literário.

Frases do livro O fim interminável

Um erro

Errei por não amar

Errei por controlar

Errei por mentir e acreditar

Por fim, errei por amar

Errei por esperar

E de tanto errar

Virei um erro que não reconheço.

♥

Posse do desejo

Não é sobre ter ou não ter

É sobre a escolha de permanecer

Sobre o desespero em se doar

Onde há espaço pra se espalhar

No desejo e no pensamento acelerado

Onde não há concorrência

Porque o segmente é limitado

♥

Nos seus braços

O que eu sinto por você é lindo

Mas o preço de sentir é caro

Sempre quando o meu amor por

você fere o meu amor por mim

Mas, até na hora de sofrer, queria

sofrer nos seus braços.

♥

Cheiro de lar

Na ambiguidade da minha poesia

No teu suspense de cinema

No desespero da minha ansiedade

Na urgência do meu desejo

Nas lacunas da tua vida

Onde me infiltro nos detalhes

E em cada canto que me cabe

Moro em qualquer lugar

Que tenha o teu cheiro de lar.

♥

A última poesia

Nunca sei quando será o último dia

O último beijo e a última poesia

O último gole sedento

O último olhar e a última carícia

Nem mesmo a última lágrima

Do choro que ainda nem chorei

Da ansiedade que ainda nem senti

Do amor que não ganhei

E da saudade que mora em mim.

♥

Menina

Eu te amo como mulher

Mas lamento como menina

Num suspiro inconsolável

De quem tenta segurar o choro

Vou sofrendo devagar

Sentindo cada segundo

De angústia infinita

Clamando pelo último