O palhaço e o psicanalista
Título: O palhaço e o psicanalista
Autores: Christian Dunker, Cláudio Thebas
Editora: Paidós
Páginas: 256
Ano de lançamento: 2021
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Sinopse do livro O palhaço e o psicanalista
Se de médico e louco todo mundo tem um pouco, de psicanalista e palhaço todo mundo tem um pedaço. Christian Dunker e Cláudio Thebas abordam neste livro, com bom humor e profundidade, um tema comum para ambos os ofícios: como escutar os outros? Como escutar a si mesmo? E como a escuta pode transformar pessoas? Mesclando experiências, testemunhos, casos e reflexões filosóficas, os autores compartilham o que aprenderam sobre a arte da escuta, um tema tão urgente no mundo atual, onde ninguém mais se escuta. Alguns temas abordados são: Sete regras para ser melhor escutado; Os quatro agás da escuta; A potência do silêncio; Simpatia não é empatia; Como construir para si um órgão de escuta; Cuidado ou controle; A arte cavalheiresca de escutar uma reunião; Educados para a solidão silenciosa; Competir ou cooperar?; Três perguntas mágicas; A arte de perguntar; Fala que eu não te escuto; Maneiras práticas de domesticar o abominável que existe em você; Escutando chatos, fascistas e outros fanáticos; O líder escutador; A coragem e o desejo de escutar.
O palhaço e o psicanalista – Autores
Christian Dunker é psicanalista, escritor e palestrante, com doutorado pela USP e pós-doutorado pela Manchester Metropolitan University.
Cláudio Thebas é educador, escritor, palestrante, publicitário e palhaço. É também cofundador do grupo das Forças Amadas, especializado em atuar na reconstrução humana de moradores de regiões que passaram por algum tipo de catástrofe.
Frases do livro O palhaço e o psicanalista
Escutar com qualidade é algo que se aprende. Depende de alguma técnica e exercício, mas também, e principalmente, de abertura e experimentação.
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Palhaços e psicanalistas concordam que a arte da escuta do outro começa pela possibilidade de escutar a si mesmo.
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Escutar-se é desconhecer-se, despir-se do conhecido e das inúmeras versões que fazemos e refazemos de nós mesmos, a que a psicanálise chama de narcisismo.
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Escutar o outro é escutar o que realmente ele diz, e não o que nós, ou ele mesmo, gostaria de ouvir. Escutar o que realmente alguém sente ou expressa, e não o que seria mais agradável, adequado ou confortável sentir. Escutar o que realmente está sendo dito e pensado, e não o que nós ou ele deveríamos pensar e dizer.
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Afinal, a verdade sobre nós mesmos é que inventamos mentiras. A verdade sobre nós mesmos é que nós nos enganamos, criamos ilusões, nos orientamos por fantasias e nos deixamos levar por enganos que são apenas respostas à força de nossos desejos.
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Quando rimos do palhaço, rimos de nós mesmos porque escutamos por meio dele a verdade sobre nós. Por isso, cuidado ao xingar os outros de “palhaço”, porque além de dizer que está o usando para se divertir, você está revelando que ele porta um fragmento de verdade que você mesmo não consegue suportar.
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Vem do palhaço a arte da hospitalidade e a função de ser hospedeiro daquilo que o mundo não consegue ver ou suportar.
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Quanto menos a pessoa se escuta, pior o prognóstico de vida; quanto menos a pessoa se escuta, mais demanda ser escutada pelos outros. Tendencialmente, quanto mais sofremos, menos nos escutamos. Por isso nos tornamos, nessa situação, tão vulneráveis à manipulação, a sermos dirigidos, e chegamos mesmo a pedir para obedecer ao que qualquer outro nos propuser.
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Palhaços e psicanalistas são pagos para dizer o que as pessoas não querem ouvir, ainda que digam o contrário. Somos pagos para contrariar nossos clientes. Para dizer aquilo que seus entes mais queridos, por amor, por proximidade perspectiva ou por pena, jamais dirão. Aquilo que seus oponentes e inimigos mais terríveis vivem gritando, mas do qual eles não conseguem extrair o grama de verdade diluído no litro de veneno.